Volfrâmio

Volfrâmio

A história do volfrâmio começou em 1881, quando um carvoeiro, natural de Casegas, descobriu na Panasqueira, lugar da freguesia de S. Jorge da Beira (na altura Cebola) umas pedras negras muito pesadas, que vieram a ser identificadas como volfrâmio, daí tendo vindo a nascer o Couto Mineiro da Panasqueira.

A constante valorização deste minério, sobretudo durante o período da II Guerra Mundial, levou milhares de pessoas a abandonarem o cultivo das terras e a dedicarem-se à atividade extrativa sob diversas formas, como assalariados das companhias e concessões mineiras, ao quilo como trabalhadores independentes na área das concessões, ou em regime de saltipilha, clandestino e ilegal, em que o minério era contrabandeado. A corrida ao ouro negro e as fortunas rápidas e fugazes alimentaram um imaginário entre o pícaro, o romanesco e o trágico, ainda muito presente nestas comunidades.

A procura e a extração não se limitaram ao Couto Mineiro da Panasqueira, ainda atualmente em plena atividade, mas também a outros locais entretanto abandonados, nomeadamente Cortes do Meio, Argemela (Barco e Lavacolhos) e Peso.

Na paisagem ficaram ainda muitos vestígios dessas diferentes formas de mineração. A Barroca Grande é uma localidade plena ainda de vida mineira, onde diariamente se extraem toneladas de rochas para posterior tratamento, onde dezenas de homens descem à mina em 3 turnos diários.

Volfrâmio
Paisagem Volframio 005
Paisagem Volframio 004
Paisagem Volframio 003
Paisagem Volframio 002
Paisagem Volframio 001
Foto Beralt Tin and Wolfram