Janeiro de Cima e Bogas de Baixo

Janeiro é terra de barqueiros, construtores de barcos e pescadores que, simultaneamente talham a pedra, cultivam as várzeas e tratam dos pinhais. Gente laboriosa que desenvolveu todas essas competências devido ao extremo isolamento em que viveram, no fundo do vale, entre ravinas e barrocas.  A autossuficiência, coragem e a cooperação comunitária foram por isso a chave para a sua sobrevivência – no sentido literal do termo, já que durante as Invasões Francesas as suas gentes rechaçaram uma coluna de tropas com algumas centenas de soldados.

A construção tradicional utiliza uma base de xisto associada a calhaus rolados, conferindo-lhe um aspeto muito particular, sem ter, no entanto, as mesmas características que se encontram no Paúl. A existência de um conjunto significativo de habitações com estas características, motivaram a que Janeiro de Cima fosse englobado na rede das Aldeias de Xisto.

Rio
Rio
Xisto
Xisto