Barco e Coutada
O Barco deve o seu nome a um muito antigo privilégio régio que o tornou uma das povoações ribeirinhas do Zêzere com direito a ter, e explorar, a travessia do rio através de uma barca. A montante, Coutada é povoação muito próxima, existindo praticamente uma continuidade no povoamento entre ambos os núcleos urbanos.
É junto à Coutada que o Zêzere muda o seu carácter; o curso mais ou menos retilíneo que traz desde Belmonte e que atravessa a Cova da Beira, passa a ser algo tortuoso, de curvas e meandros, ora correndo junto a encostas abruptas numa margem, ora espraiando-se em areais e cascalheiras na margem oposta. É também por aqui que os calços, estruturas em pedra, perpendiculares ao rio, surgem com mais frequência e monumentalidade.
Para sul, bem à vista e dominando todo o vale, ergue-se o Cabeço da Argemela, serra de lendas, com vestígios de exploração mineira e metalúrgica que remontam à pré-história, e que veio a conhecer o seu auge nos anos da II Guerra Mundial, com centenas de pessoas revolvendo as suas encostas na busca do ouro negro. Após esse período a exploração do volfrâmio foi ainda prolongada através da concessão das minas da Recheira, conhecida localmente como a mina do alemão, atualmente visitável e, de uma outra, denominada como da Companhia Inglesa.
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